Hoje em dia, cada vez mais há um braço de ferro enorme entre Donald Trump e a imprensa, a partilha nas redes sociais de fake news sem verificação de fontes credíveis, e, acima de tudo, uma falta de profissionalismo de alguns jornalistas, com casos escandalosos a acontecer a toda a hora.
Como é que isto influência a profissão de jornalista?
A investigação jornalística, muitas vezes, tem ido mais longe do que a investigação judicial/criminal - provavelmente devido à maior independência e transparência dos seus profissionais. Não seria eficaz e viável a inclusão de jornalistas de investigação nos grupos de investigação criminal do DCIAP, para que, ambos, culminassem os seus labores em resultados mais eficientes?
Com carinho, um grande fã seu que anseia o seu regresso à televisão.
Sempre tive a senhora como uma pessoa de grande integridade. Integridade essa que se revelava nas reportagens que elaborava, juntamente com a sua equipa na TVI, e que revelaram a corrupção que existia no governo de José Sócrates.
Sei que defende que o jornalismo em Portugal deveria de deixar o sensacionalismo das fake news e do click bait e apostar numa abordagem mais real das reportagens e um telejornal inspirado no modelo britânico.
Como é que podemos fazer esta mudança?
Para quando o seu regresso à televisão? Faz falta no nosso país jornalistas como a senhora.
Antes de ser médico, queria ser Jornalista. Por isso, deixe-me expressar a minha admiração pela sua liberdade e pela capacidade que lhe é reconhecida em intervir e não se deixar amordaçar pelos interesses instalados. Olhando ao que aconteceu em 2009 permita-me que lhe pergunte se não considera que foi violado um dos direitos fundamentais da atividade jornalística "a liberdade de expressão e criação" ? Existem interesses maiores em Portugal que fazem censura?
Da sua experiência de contacto com grandes nomes políticos, e ciente do fenómeno Trump, qual a sua opinião sobre as futuras relações dos EUA e o resto do mundo?
Estamos numa era em que somos obrigados a gerir a influência de um poder que escapou a Montesquieu, o poder dos media? Como controlar a proximidade que tantas vezes existe neste setor face ao enorme impacto que tem?
Tendo em conta reconhecidos dotes para a analise politica, assumir as vestes do outro lado, neste caso, o do comentário, colocaria a hipótese de voltar a desempenhar as mesmas funções de jornalista? Considera que ainda existe algum tipo de "claustrofobia ideológica" no meio da comunicação social, nomeadamente na liberdade de expressão?
Numa altura em que a comunicação social tem cada vez mais impacto e influência na opinião da população, que responsabilidade atribui a este sector na sociedade actual e na necessidade de aproximação dos jovens e das novas gerações à política, causas sociais e actividade cívica?
Gostaria de lhe perguntar de que forma vê a atual situação da imprensa e da comunicação social, onde cada vez mais se privilegia a notícia mais rentável, numa grande maioria ainda no seu estado especulativo, em vez das pesquisas fundadas e que tentam alertar as pessoas para situações que muitas vezes se tentam esconder/ocultar? Como vê o futuro do jornalismo? Irá esta situação agravar-se e este perder qualquer credibilidade e interesse?
Após todos os escândalos a que o País tem estado sujeito nos últimos anos, com a doutora a ser uma das pessoas afectadas, pergunto-lhe o que falta a Portugal, de um modo geral, para se livrar das amarras da corrupão?
Dra. Manuela Moura Guedes, é do conhecimento geral que o seu afastamento do Jornal Nacional da TVI se devem a pressões exercidas na administração do canal após a divulgação de várias investigações sobre o então Primeiro-Ministro José Sócrates. É assim tão comum e "normal" o sistema político influenciar e dominar os meios de comunicação social em Portugal?
Da sua experiência de contacto com grandes nomes políticos e ciente do fenómeno Trump, qual a sua opinião sobre as futuras relações entre os EUA e o resto do Mundo?
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