Ana Rita Cavaco
Num país com cada vez menos habitantes, com cada vez mais estudantes de Medicina e Enfermagem e com os mesmos profissionais que ficam a ocupar os seus postos de trabalho até aos 70 e 80 anos e ainda fazendo dupla ou tripla atividade em diferentes hospitais/serviços de saúde, como é que se podem reter todos os jovens portugueses qualificados, se não há lugar para eles no sistema? Não é a emigração dos jovens médicos e enfermeiros um fenómeno natural e lógico decorrente desta problemática? Deve-se limitar a atividade de um profissional de saúde até uma determinada idade e a apenas um determinado serviço de saúde? Os motivos que levam à emigração de enfermeiros são muitos. E, na
verdade, nenhum deles é os que enumera.
Permita-me, também, que transcreva parte da resposta dada ao
Francisco Miranda:
Pelos inúmeros contactos que tenho tido com Enfermeiros emigrados,
sei que são altamente considerados como profissionais competentes
nos países que os acolhem, têm uma carreira sólida, formação
permanente, gratuita e de qualidade e, claro, um vencimento
compatível com as funções que exercem.
Os enfermeiros em Portugal não têm uma carreira, pagam a
formação do seu bolso e, sendo licenciados, mestres e até
doutorados, têm um vencimento inferior qualquer outro licenciado em
funções públicas, não sendo a sua competência científica e técnica
reconhecida.
David Justino
Como é que o PSD pensa combater, na próxima legislatura, quando se pensa que novas forças políticas de centro e de direita podem vir a entrar no parlamento e apropriar dos ideais do PSD? Existem alternativas quer ao modelo tradicional da social-democracia, quer às versões mais radicais do liberalismo. O que poderemos conceber como uma nova visão para a social-democracia europeia é uma combinação entre os grandes referenciais da social democracia pós-Segunda Guerra Mundial, o liberalismo clássico moderado e pragmático (John Stuart Mill) e o incontornável contributo das teorias do desenvolvimento humano (Amartya Sen, Martha Nussbaum). O modelo social europeu e do Estado Social, se está em coma, não está morto. Tem condições para sobreviver e regenerar-se com esses contributos.
Marcelo Rebelo de Sousa
Quão sustentável para uma democracia é o facto de existirem cada vez mais partidos no espectro político (sendo alguns, por vezes, muito semelhantes e dando a entender que apenas querem almejar o poder)? É um desafio complexo, para os que surgem e para os que
já existiam. Mas a Democracia faz-se dessa mutabilidade
constante. E ninguém pode acreditar que a mudança é travável
com o mero desejo de que ela não ocorra. Eu digo aos meus
alunos: a mudança é uma grande constante destes tempos e
quem não sabe antecipá-la pode sofrer muito com isso.
António Vitorino
Ao invés de a Europa acolher tantos refugiados e migrantes - fenómeno que acaba por gerar crises institucionais e diplomáticas entre certos países -, porque não ajudam os países europeus na reconstrução do Estado Democrático, material e imaterialmente, nesses países de origem? Ouvimos já diversas vezes relatos de migrantes que afirmam querer sempre voltar para o seu país natal, por amor, por saudade, pela família que fica. Não é preferível ajudar por essa via? A Europa, após as Guerras Mundiais, também teve a ajuda dos EUA para a sua reconstrução. É a nossa vez de retribuir para a paz mundial! A principal inovação do Pacto Internacional sobre Migrações Seguras, Ordeiras e Regulares, que vai ser adoptado no âmbito das Nações Unidas em Dezembro próximo, é reconhecer a ligação existente entre movimentos migratórios e desenvolvimento económico e social. Nesse Pacto identifica-se como objectivo a acção da comunidade internacional em prol do desenvolvimento dos países de origem de modo a reduzir os factores de pressão que geram movimentos migratórios, incluindo aqueles ligados à degradação ambiental e às alterações climáticas. Mas sejamos claros: actuar sobre as causas profundas das migrações exige políticas direcionadas de apoio ao desenvolvimento, em especial viradas para a situação dos jovens que constituem a maioria dos migrantes à escala global, e tais políticas têm que ser prosseguidas de forma sustentada no tempo, porque de uma tal estratégia não será de esperar (nem possível pedir) impactos de curto prazo na redução dos fluxos migratórios.
José Manuel Durão Barroso
Considera que um possível alargamento da União Europeia a mais países, neste momento, acarretaria mais benefícios ou inconvenientes?
Leonor Beleza
Supondo que a legalização das drogas leves é aprovada e supondo que a iniciativa privada poderia entrar na produção das mesmas, pensa que a Fundação Champalimaud poderia ser parte do processo e contribuir de alguma maneira?
Manuela Moura Guedes
A investigação jornalística, muitas vezes, tem ido mais longe do que a investigação judicial/criminal - provavelmente devido à maior independência e transparência dos seus profissionais. Não seria eficaz e viável a inclusão de jornalistas de investigação nos grupos de investigação criminal do DCIAP, para que, ambos, culminassem os seus labores em resultados mais eficientes?
Com carinho, um grande fã seu que anseia o seu regresso à televisão.
Joana Balsemão
Com as alterações climáticas e com o tráfego cada vez mais intenso nas duas grande metrópoles portuguesas, urge fomentar o uso do transporte público mais do que nunca. Assim, será possível a médio prazo Portugal oferecer serviços de transporte gratuito, para todas as pessoas, em todo o território nacional?
Margarida Balseiro Lopes
Margarida, uma vez que já que existem quotas para as mulheres nos cargos políticos, por que não existem quotas para a colocação de jovens nesses mesmos cargos? Urge introduzir a colocação dos jovens na política, de modo a proporcionar-lhes a experiência devida para um futuro político e a renovar o sistema!
Achei Curioso
Achei curioso que as equipas encarnado e verde, e azul e amarelo tenham ficado juntas, sob a orientação do mesmo coordenador. Encarnado + verde = Portugal; Azul + amarelo = União Europeia. Boa jogada!
Sugestões
Creio que seria mais dinâmico estarem a aparecer nos televisores de apoio imagens relativas aos assuntos de cada aula, mesmo quando o orador não traz elementos audiovisuais.
Desafio do JUV
Completa a frase: "ser social-democrata é..." Trabalhar para o crescimento e desenvolvimento económico do país, sob uma visão eficiente no que concerne ao uso de recursos, garantindo as liberdades fundamentais, a melhoria das condições de vida do povo e o apoio aos mais pobres.
Conheces alunos de anos anteriores da UV? O que te disseram eles sobre este curso de formação política? O meu irmão (gémeo), que veio na edição do ano passado. O Marco avisou-me logo para me preparar, pois iria trabalhar muito, muito, muito. Acordar às 8.30h e deitar às 3h da madrugada, todos os dias. Contou que foi uma das suas melhores semanas e que se criaram laços de proximidade para com alguns dos elementos da JSD nacional. Por fim, posso concluir já que é bem verdade o facto que ele disse, de que todos sairemos daqui muito bem preparados para desempenhar, quem sabe um dia, uma função política. Se não, vale sempre a pena por tudo o resto que a UV nos dá!
Qual foi a principal mensagem que Paulo Rangel trouxe à UV? O eurodeputado Paulo Rangel deixou bem evidente que toda esta situação dramática que se vive na Europa poderia ter sido evitada, caso tivesse ganho outro candidato que não Donald Trump (nomeadamente, a segunda força política de então) nas últimas eleições dos EUA.